O entusiasmo é meu passaporte para viajar, mas no tocante ao passado, como igrejas, estações ferroviárias... viraram dias nublados quase temporal.
Museus? TADINHOS!!!
Tento redescobrir espaços e preencher a desilusão do momento.
Os destroços ficaram como um fiozinho de luz ainda pedindo socorro para ter chance de ser um grande clarão.
Como podem simplesmente sumir, evaporar!...
Ainda tem gente que vive tendo esperança num novo tempo.
Diante destas cenas como conto sem enredo, grito no meu silencio entre sonho e realidade um brado de socorro a sobrevivência ao respeito.
Como podem os poderosos e os amantes da história do nosso país, deixar a olhos nus o tempo ferozmente degustar estas preciosidades .
Somos brasileiros amadores? Escondidos em perguntas sem respostas?
Nestas fotos gostaria de usar o fotoshop para ilustrar dignamente meu blog.
Queria que minhas fotos reproduzissem não o que o olhar captou atravez da lente fotográfica, mas que devolvesse a real imagem na sua origem.
Estrada serena

A capela está desmanchando

A ESTAÇÃO: A estação de Chiador foi inaugurada em 1869 no ramal de Porto Novo da E. F. Dom Pedro II. A estação é considerada a primeira inaugurada em solo mineiro (na verdade, a estação de Santa Fé, também no município, tem a mesma data de inauguração), anterior mesmo às estações da linha do Centro da Central do Brasil, aberta um ano mais tarde. Em 1960, como todo o antigo ramal de Porto Novo, a estação passou para o controle da Leopoldina. Apesar de ainda ter uma linha operacional passando por ela - transporta cargueiros de minério - está em ruínas, embora tenha sido tombada em abril de 2003 pelo Patrimônio Histórico do município de Chiador. Está situada a 4,5 km da sede do município, totalmente isolada, o que complica a sua conservação. Mas em tempos não tão remotos, quando ainda funcionavam os trens de passageiros da Central e depois da Leopoldina, a estação era o centro das festas, mesmo sendo tão afastada da cidade, Segundo André Colombo, pesquisador da Fundação Cultural Chico Boticário, sediada em Rio Novo, MG, a estação de Chiador foi construída com recursos do império brasileiro em parceria com companhias inglesas. "Há poucos meses, a prefeitura local demonstrou interesse em adquirir concessão sobre o imóvel, ainda nas mãos da Rede. Segundo informou o assessor de Infra-estrutura e Desenvolvimento da Prefeitura, Jean Carlos Mariota de Araújo, a estação de Chiador encontra-se há anos como está hoje, deteriorando um pouco mais a cada ano e tendo material furtado pelos vizinhos. Enquanto a negociação com o proprietário não sai do papel, o imóvel fica sem cuidados tanto com a restauração quanto com a futura preservação" (A Tribuna de Minas, 6/12/2006). Agora, em 2007, parece que vai. O projeto "Estações Brasil" parece que vai recuperar o prédio da estação. O futuro dirá. (Fontes: Max Vasconcellos, Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; Isaura Rocha, do jornal A Tribuna de Minas, 08/2003; A Tribuna de Minas, 6/12/2006; Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, 1958; Jorge Alves Ferreira; Hugo Caramuru)

Os destroços mantém a imponência
O desiludido filho da terra
A ferragem obedece o alinhamento e não tem nem um 'amassadinho"
O que é bom já nasce feito.

Só os romanticos enchergam paisagem atravez de sua lente fotográfica.
A capelinha é cuidada por uma jovem senhora e seu marido que moram ali perto. Ambos organizam rezas e festinhas pra distribuição de roupas usadas aos fiéis, pois o pároco responsável"pasmem" se recusa a exercer suas funções pela falta de confôrto no local.
Na sacristia me recusei a fotografar imagens da época, escorando móveis e a bíblia bem velhinha ostentando sua dourada lombada e acompanhando um lindo par de castiçal, dentro de uma lata de tinta bem amassada.
O coreto ao lado é testemunho dos festejos com leilões de gado pela manhã e a noite com prendas preparadas aos picotados babados de papel crepon, pelas senhoras fazendeiras e demais fiéis fazedoras de docinhos e bolos.
Abrigando também as mais diversas bandas da região, jamais teria idéia que seria esquecida como se vê.
Minha beijoca de hoje é da senhorinha que ainda acredita que (palavras dela) "um dia um anjo VESTIDO DE GENTE vai aparecer e arrumar a capelinha"
Não pedi permissão para dizer o nome dela nem pra exibir sua foto. Mas pra mim ELA é o anjo e ainda não se deu conta.
Nilda.